sábado, 23 de abril de 2011

MINHA MÚSICA, MEU MOMENTO

Existem músicas que nos tocam a alma, o coração e o pensamento. Músicas que parecem definir o momento que estamos vivendo, sentindo... chega a ser estranho e até cômico achar que o compositor nos definiu em seus versos.

Músicas que combinam com o nosso bom dia espetacular ou entediante. A música que lembra a nova paixão, a antiga paixão, o amor de infância, novos amores.

De repente você não está em um dia bom e só pensa em como seria bom encontrar a pessoa amada, abraçá-la... No fundo de sua mente a música está lá: “Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito...”

Você está em um bar, olhou para um lado e viu a pessoa mais maravilhosa do mundo, se conheceram, conversaram e na hora do primeiro beijo, tocam uma música que será até o fim do relacionamento a musica do casal. E toda vez que escutarem essa música, um vai ligar para o outro e dizer: “A nossa música está tocando e me lembrei de você...” E se um dia essa relação não mais existir e a música continuar tocando, vão se sentir triste e lembrar que um dia ela foi a música que embalou o amor de vocês.

Há músicas que nos lembram quem já partiu, pois, a pessoa adorava o cantor, banda, grupo e toda vez que os ouvimos, para nós ela estará eternizada nessas canções.
 
Existem músicas até para fins de relacionamentos, acho que existem mais músicas de fim de relacionamento que combinam comigo, do que músicas de início de relacionamento. Os compositores conseguem transmitir mais dor do que amor em suas letras, e acabo por identificar-me mais com as letras trágicas e dolorosas.

Músicas de saudades, do quanto um amor valeu, o quanto nos faz falta, o quanto daríamos tudo para viver tudo outra vez. Não posso esquecer das músicas que trazem o arrependimento de traições, dos pedidos de perdão.

É difícil expressar sentimentos cara a cara: versos, rimas, poesia e melodias, falam melhor por nós do que nós mesmos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

CELULAR: ESQUEÇO, LOGO NÃO EXISTO

           Quantos vícios há no mundo? Uma pessoa pode ser viciada em muitas coisas? Já ouvi falar e já presenciei tantos vícios... Bebidas, cigarros, maconha, sexo, coca-cola, mexer no cabelo, estourar plástico bolha, etc. Mas, hoje o que me atormenta é o vício da tecnologia.
            Você nem percebe, mas, vê a sua vida sendo resolvida praticamente apertando botões: microondas, forno elétrico, controle da porta automática da garagem, elevador, secretária eletrônica, caixas eletrônicos, correspondência agora são e-mails, a paquera é virtual. É muita tecnologia, controles e botões, mas, a falta de um aparelho essa semana me deixou doida: meu celular.
            Por que senti tanta falta dele? Acho que concentrei a minha vida toda nele, não existo sem ele, fico perdida sem ele, parece que a minha vida social não existe sem ele por perto.
            Puxei pela memória para lembrar como era a minha vida antes do celular. E fiquei de boca aberta de como resolvia tudo, sem apertar botões ligados a pequenos fios e placas.
            São muitas funções (e olha que o meu nem são muitas assim). Antes mesmo de acordar ele já é útil, pois, é ele quem me acorda, com o detalhe que posso escolher a música para essa função: a de despertador.
            Antes da primeira ligação, recebida ou realizada do dia, ele é meu relógio, aperto qualquer botão para ascender o visor e conferir a hora, se posso dar ou não mais uma enrolada na cama, ou tomar uma café antes de escritório.
            Como um pequeno aparelho pode conter tantas coisas? Até distração para o trajeto de metrô ele possui, é quase um parque de diversões: jogos, mp3 e internet. Com essas funções é distração na certa o caminho todo. Uma pena ainda não ter sinal de TV nas profundezas do metrô, mas, no carro e ônibus faço uso desse recurso também.
            A função de gravador de voz também é uma boa, principalmente quando gravava as aulas da faculdade, levava a voz dos professores para o “parque de diversões” do meu celular, assim ficava mais fácil de estudar para as provas. Essa função também foi usada, para gravar as promessas de um ex-chefe, sobre o meu pagamento (só me pagou depois de 5 meses). No trabalho final da faculdade, a função, gravador do celular também marcou presença nas entrevistas com alguns vereadores, nesse caso usava dois celulares para gravar e não correr o risco de perder nenhum detalhe da entrevista. Para não esquecer as orientações do meu TCC, e não deixar a orientadora maluca perguntando toda semana a mesma coisa o gravador também era usado enquanto recebia as orientações sobre o meu trabalho.
            O celular guarda algo muito importante também: a agenda telefônica. O aparelho virou a extensão da minha memória, pois, os únicos telefones que ainda guardo na cabeça, são aqueles que já estavam guardados em algum canto do meu cérebro, quando o celular só existia em filmes de ficção cientifica. Todos os números que preciso estão no celular, e há um grande problema ai: se a bateria acabar ou, o esqueço em algum lugar, não sei nem o número de casa e isso é fato, dia desses só consegui avisar que não dormiria em casa, porque, minha amiga tem gravado na agenda do celular dela, o número de telefone da minha residência.
            Quando cheguei em casa no dia seguinte, meu coração bateu descompassado de tamanha a emoção quando peguei em minhas mãos, o meu celular. Nele constavam 11 ligações não atendidas e alguns sms não lidos, um deles da minha mãe: “Você não me encheu o saco hoje, acaso não me amas mais?”
            Apenas um dia sem celular, me senti como se estivesse sem roupas, ou faltando algo em mim, algo meu, que faz muita falta quando não está por perto. Vou precisar amarrar uma cordinha no celular, em uma ponta estará ele, e na outra EU. Além da cordinha, vou deixar um lembrete com um toque muito alto: Não me esqueça.
 É muito ruim ficar sem receber ou ligar para as pessoas que gosto, não receber as atualizações das redes sociais que participo e nem poder atualizá-las via celular. Sem celular quer dizer: Sem despertador, sem agenda, sem lembretes, sem fotos, sem gravações, sem mp3, sem sms, sem ligações, sem diversões e sem atualizações. Celular: Esqueço, logo não existo.  

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ONDE ESTÃO AS GENTILEZAS?

            Gentilezas são como pequenos gestos de atenção e educação. Mas onde foram pará-las?
            No decorrer dos anos elas foram desaparecendo, estão quase extintas. No mundo do corre-corre, do salve-se quem puder é cada vez mais constante o cada um por si.
            É triste perceber que o cavalheirismo não é mais o mesmo, alias, parece que esse está extinto também. Dificilmente um cavalheiro abre a porta do carro para sua dama no máximo é um “entra aí”, no fundo acho que a independência que as mulheres conquistam ano a ano tem haver com isso. A impressão que dá, é que para eles deixamos de ser o sexo frágil, para sermos rivais e por isso a falta de cavalheirismo, difícil ser cavalheiro com uma rival.
            As gentilezas sumiram onde estarão? No ônibus e no metrô elas quase não aparecem. Uma pessoa está lá sentada, sem nada em mãos a outra em pé cheia de coisas: material do trabalho, material da faculdade ou escola, e, a pessoa que está sentada não faz a gentileza ao menos de perguntar se a pessoa em pé, não quer ajuda. Pior ainda quando toda a bugiganga da pessoa que está em pé, cai de seus braços e a sentada nem a ajuda a recuperá-las. A Falta de gentileza acaba virando falta de educação nessa hora.
            Outra falta de gentileza, bom nesse caso de sensibilidade e de educação, são as pessoas que utilizam o banco reservado e fingem estar dormindo quando os verdadeiros usuários aparecem para usufruir de seu direito. Os avisos estão lá marcados para serem respeitados, mas, no metro, por exemplo, uma voz sempre diz: assentos reservados para, idosos, gestantes, pessoas com deficiência e pessoas com criança no colo. Ausentes pessoas nessas condições o uso do assento é livre. Se é livre quando, ausente pessoas nessas condições, quando elas chegam temos que ser gentis e lhe dar o lugar que é dela, mas, também não é nada gentil por parte deles irem chegando e dizendo grosserias, já que ela estava ausente e o uso era livre.
            Dia desses no metrô havia um senhor e um rapaz no banco reservado, um outro senhor, chegou brigando com o rapaz, brigando muito por ele estar no banco reservado e não ter dado o lugar a ele, o rapaz apenas pegou a bengala que usava e apontou para os desenho que indicava a condição de deficiente, portanto, ele poderia ficar ali. Gentilmente o outro senhor que estava no banco, cedeu lugar para o briguento e seguiu viagem em pé.
            É tanta falta de gentileza no transporte, que fica difícil de falar de todas, uma das mais irritantes, são as pessoas que não fazem uso do fone de ouvido ou fazem uso e deixam em uma altura mais que abusiva. Essa falta de gentileza também é contra à lei, existe no transporte coletivo uma plaquinha de “proibido o uso de aparelhos sonoros” e pode acreditar é uma lei muito desrespeitada.
            Algumas pessoas tem sido gentis comigo no transporte me cedendo lugar, mas, sou gentil em não aceitar. Preciso dar um jeito urgente nessa minha barriguinha, totalmente fora de forma.
            O mundo está cada vez mais cruel. Nossos antepassados não foram gentis com a natureza e não temos sido muito gentis com ela também as respostas com essa falta de gentileza estão vindo ano após ano: Terremotos, tsunamis, furacões e tornados a natureza está em fúria simplesmente porque não fomos gentis com ela.
            Temos que tomar cuidado e começarmos a ser mais gentis com a natureza e com tudo que é vivo, pois, a falta de gentileza está matando em massa, é a resposta por tanta exploração desordenada.